ONDA DE ROUBO DE GADO SE AGRAVA EM ITUVERAVA

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Postado dia 3/11/2016 as 11:34


Nos últimos meses, a zona rural de Ituverava e região têm sofrido uma onda de furtos e roubos de gado. Só para se ter uma idéia da gravidade da situação, de acordo com criadores, já foram roubados mais de 50 criadores, com uma média de 50 animais por mês. Os bandidos também levam ferramentas, equipamentos e utensílios.

Em um dos casos, foram roubados de um criador, que preferiu não se identificar, 12 cabeças de gado, em apenas uma noite. Na maioria dos casos, os animais são dopados e transportados, mas também já houve casos em que os animais foram abatidos na própria fazenda.

Devido à grave situação, as vítimas se reuniram para buscar meios para coibir a ação dos ladrões. Uma das primeiras ações ocorreu na tarde da última quinta-feira, 20 de outubro, quando parte das vítimas formou uma comissão especial.

A comissão se reuniu no Sindicato Rural de Ituverava, e estavam presentes criadores, o presidente do Sindicato, Gustavo Ribeiro Rocha Chavaglia, o sargento Paulo César Bezerra de Oliveira, representando a Polícia Militar, e o vereador reeleito neste ano, Daniel Ramos da Silva.

Em entrevista concedida à Tribuna de Ituverava, Chavaglia fala sobre as ações que deverão ser promovidas. “O Sindicato cruzará dados da Polícia Militar, Polícia Civil, Ministério Público e Casa da Agricultura para conseguir identificar os autores, ou talvez até quadrilhas que têm praticado esses crimes no município”, diz.

Ações em Andamento
“Algumas ações importantes já estão em andamento. Já solicitamos, por exemplo, na Secretaria de Segurança Pública de São Paulo duas novas viaturas para a Polícia Civil. Também vamos procurar autoridades do Governo do Estado de São Paulo para solicitar que o contingente da Polícia Militar aumente em Ituverava, pois hoje o número de policiais não é suficiente para atender à demanda da cidade, inclusive com a patrulha rural, que seria muito importante para coibir estas práticas de crime”,ressalta.

Ainda de acordo com Chavaglia, a situação também é recorrente em cidades da região. “É importante chegarmos aos autores dos crimes, bem com os receptadores dos animais, que também estão cometendo grave delito. Para tanto, a comissão que formamos terá um papel muito importante, pois atuará diretamente na execução das ações”, completa Gustavo Ribeiro Rocha Chavaglia.

Contingente
A Polícia Militar tem se desdobrado para desenvolver o seu trabalho, no entanto, é evidente que faltam policiais no município. Segundo a PM, nos anos 90 eram 52 policiais atuando na cidade, número que caiu drasticamente para 27, contrariando a lógica devido ao crescimento populacional e outros fatores, como aumento da criminalidade.

A Polícia Civil, responsável pelas investigações, também sofre com o mesmo problema. Hoje são 24 funcionários: 6 investigadores, 4 escrivães de polícia, 5 oficiais administrativas, 1 agente de telecomunicações, 2 agentes policiais e 6 carcereiros (atuando em outra função). Há dez anos, eram 43 profissionais.