Postado dia 2/02/2015 as 1:19
Ituverava foi representada pelo presidente do Sindicato Rural, Gustavo Ribeiro Rocha Chavaglia
Mais de 8 mil pessoas, de acordo com a Polícia Militar, participaram de um protesto em apoio ao setor sucroenergético na manhã da última terça-feira, 27 de janeiro, na cidade de Sertãozinho. Com cartazes e faixas, os manifestantes fecharam por mais de três horas as rodovias Armando de Sales Oliveira (SP-322) e Carlos Tonani (SP-333).
Com a interdição o acesso a cidades importantes da região, como Ribeirão Preto, ficou impedido e houve congestionamentos. O ato foi acompanhado pelas Polícias Rodoviária e Militar, com o apoio de um helicóptero.
Em função do protesto, fábricas, comércio e outros setores resolveram não abrir as portas nas primeiras horas do dia e dispensar seus funcionários para participarem da manifestação.
O protesto, organizado após a demissão de mais de 2 mil pessoas somente em 2014, foi batizado de “Movimento pela retomada do setor sucroenergético”, e contou com apoio de diversos órgãos, como Prefeitura, Central Única dos Trabalhadores (CUT), Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica).
Apoio
Além de produtores rurais, usineiros e metalúrgicos, o evento reuniu políticos, entre eles o secretário de Agricultura do Estado de São Paulo, Arnaldo Jardim, que defendeu o aumento da mistura de etanol na gasolina.
“Apoiamos politicamente uma medida imediata, que aumenta a mistura de 25% para 27%, já aprovada pelo Congresso Nacional”, afirmou Jardim.
O secretário também defendeu investimentos para produção de álcool combustível a partir do bagaço da cana. “Está sendo feita uma linha de apoio e de desoneração tributária que possibilite aumentar a cogeração de energia”, ressaltou.
Ituverava
Representou Ituverava no protesto, o presidente do Sindicato Rural de Ituverava, Gustavo Ribeiro Rocha Chavaglia. Segundo ele, o motivo manifesto é a falta de políticas públicas para o setor sucroenergetico. “O setor vem dando sinais de preocupação há praticamente dois anos e as autoridades federais parecem não se preocupar, pois se há dois anos tivéssemos definições políticas pró-ativas frente ao etanol e cogeração de energia, buscando incentivar o setor sucroenergetico, teríamos um segmento mais estruturado e remunerado, o qual continuaria investindo, gerando empregos e impulsionando o comércio e indústria”, afirma.
“Se o Governo Federal, dotado de excepcional incapacidade, conseguisse realmente enxergar este importante setor como ele é, poderia torná-lo um aliado, colocando o Brasil como destaque mundial em energia limpa e menos dependente do petróleo e da energia elétrica oriunda das hidrelétricas”, diz.
Ainda de acordo com Chavaglia, a situação tem piorado cada vez mais. “Se há dois anos políticas definidas e alguns incentivos ao setor seriam suficientes, agora será preciso socorrer as usinas, o produtor, o trabalhador, as revendas, as cooperativas e, conseqüentemente, os agentes de crédito”, completa.
Fonte: Tribuna de Ituaverava